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Debate sobre tema ocorre durante a programação da primeira edição da Eco Amazônia, que inclui mais de 17 painéis referentes à bioeconomia, mercado de carbono, COP 30 e Unidades de Conservação
Fotos: Alex Pazuello/ SecomA realização da primeira edição da Eco Amazônia, evento promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), fomenta a promoção do diálogo e do conhecimento sobre sustentabilidade, das cadeias produtivas e das Unidades de Conservação (UCs). A programação ocorre até este sábado (07/06), no Manaus Plaza Shopping, na avenida Djalma Batista, 2100, Chapada, zona centro-sul, e reúne painéis, palestras, oficinas, feira de bioeconomia, exposições e atrações culturais.
Na abertura, realizada na quinta-feira (05/06), no Dia Mundial do Meio Ambiente, os representantes de UCs compartilharam experiências e boas práticas na gestão de áreas protegidas e no fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis em comunidades tradicionais.
Atualmente, o Governo do Amazonas, por meio da Sema, faz a gestão de 42 Unidades de Conservação (UCs), que juntas somam 18,9 milhões de hectares de áreas legalmente protegidas, o equivalente a 12,13% do território estadual. Dentro dessas áreas protegidas vivem mais de 26 mil famílias em 1.030 comunidades, que recebem suporte por meio de políticas públicas, gestão e projetos que fortalecem a autonomia com alternativas sustentáveis de geração de renda.
Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, o turismo de base comunitária se consolidou como principal atividade econômica sustentável nas 19 comunidades, onde vivem 2 mil pessoas. Além de valorizar a cultura local e proteger o meio ambiente, o turismo impulsiona outros setores produtivos nas comunidades, com apoio do Estado.
“Hoje na RDS Rio Negro, a principal atividade econômica é o turismo. E, através dele, vêm outras cadeias, como o artesanato, as oficinas de sabonete e doce, entre outros atrativos. A Sema, junto com outras instituições, gerencia a unidade com planos de gestão que organizam e ordenam essas atividades”, explica Francisco Oliveira, gerente da RDS Rio Negro.
Foto: Alex Pazuello/ Secom
Na RDS Piagaçu-Purus, as cadeias produtivas do pirarucu manejado e o extrativismo de castanha e açaí são hoje as principais fontes de renda das 67 comunidades, onde moram mais de 5 mil pessoas que fortalecem o desenvolvimento sustentável da região.
“A gente vem desempenhando, através do governo e da Secretaria do Meio Ambiente, um trabalho essencial para a melhoria de vida das comunidades. Hoje, o forte da RDS é o pirarucu, a castanha e o açaí. Esses produtos são importantes porque geram renda e transformam a qualidade de vida dos comunitários. Isso nos motiva a melhorar a sustentabilidade trabalhando com os três pilares, que é o econômico, o social e o ambiental”, afirmou Raimundo Castro, gerente da RDS.
Foto: Alex Pazuello/ Secom
Sobre as RDS’s
Uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) é uma área natural que abriga populações tradicionais que vivem em sistemas de exploração sustentável dos recursos naturais. Ao proteger o uso do ambiente desenvolvido ao longo de gerações e adaptado às condições ecológicas locais, esta categoria de unidade de conservação de uso sustentável contribui para a proteção da natureza e para a manutenção da diversidade biológica.
São objetivos da RDS assegurar as condições para a reprodução e a melhoria dos modos de vida das populações tradicionais que nela habitam, inclusive na exploração de recursos naturais. Além disso, visa valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente desenvolvidas por estas populações.
Eco Amazônia
Foto: Alex Pazuello/ Secom
De 5 a 7 de junho, o Governo do Amazonas, por meio da Sema, realiza a Eco Amazônia, no Manaus Plaza Shopping. O evento conta com painéis, palestras, oficinas, feira de bioeconomia, exposições e atrações culturais, reunindo representantes de comunidades, instituições e juventudes para debater soluções ambientais.
A programação inclui mais de 17 painéis com temas como justiça climática, bioeconomia, mercado de carbono, COP 30 e Unidades de Conservação. As atividades são gratuitas e abertas ao público, com emissão de certificados.